sexta-feira, 6 de maio de 2011

Al Qaeda diz que vai se vingar pela morte de Osama bin Laden

Divulgação

A organização terrorista Al Qaeda confirmou nesta sexta-feira a morte de seu líder, Osama bin Laden, e ameaçou se vingar dos Estados Unidos. Em um comunicado divulgado em um site usado habitualmente por grupos islâmicos, a Al Qaeda disse que o sangue de Bin Laden "não foi derramado em vão", e sentenciou que continuará a promover ataques contra os americanos e seus aliados.

"Osama não construiu uma organização que acabaria após seu falecimento. A religião de Deus permanecerá, e também a guerra santa por Deus", ressalta o texto, intitulado "Comunicado sobre o martírio do xeque Osama bin Laden".

O grupo terrorista expressa seu compromisso em "prosseguir no caminho da jihad (guerra santa) que foi percorrido por Osama bin Laden e seus irmãos companheiros".
"O sangue de nosso xeque mujahedin (guerreiro santo) é muito valioso para nós e todos os muçulmanos para que se perca em vão, e permanecerá como uma maldição que perseguirá os americanos e seus agentes", afirmou o grupo.

"Muito em breve, com a cooperação de Deus, suas alegrias vão se transformar em tristezas, e seu sangue vai se misturar com suas lágrimas", ameaçou.

No texto, a Al Qaeda destaca um juramento feito por Bin Laden que diz: "Nem os EUA nem seus habitantes vão desfrutar de segurança até que dela aproveitem nossos parentes na Palestina, e os soldados do islã vão continuar unidos e planejando (ataques) sem descanso".O comunicado, que é atribuído à chefia geral da organização, anuncia ainda que ela possui uma fita com uma mensagem de Bin Laden que será anunciada em breve.

Este áudio foi gravado supostamente por Osama uma semana antes de sua morte, mas a nota não antecipa o conteúdo da mensagem nem especifica quando será revelada. Bin Laden morreu na última segunda-feira (pelo fuso horário do Paquistão) ao receber disparos na cabeça e no peito durante uma operação de comandos americanos que invadiram a residência na qual ele estava escondido, na cidade de Abbottabad.

O paradeiro do líder da Al Qaeda foi uma grande incógnita para os EUA, que desde os ataques terroristas de 11 de setembro centraram sua busca na fronteira entre Afeganistão e Paquistão. Quanto ao envolvimento deste último país na morte de Bin Laden, a Al Qaeda fez um apelo aos muçulmanos paquistaneses para que "limpem esta vergonha e seu país dos americanos".

"O xeque Osama - prossegue o texto - não foi um profeta enviado durante o século XX, mas um homem do povo muçulmano que se dedicou com força ao Corão e renunciou à sua vida para conseguir o céu, e Deus o enalteceu como ele enalteceu sua religião, e o orgulhou, como ele orgulhou sua palavra".

Na nota há vários elogios a Bin Laden, que é qualificado como um "leão do islã" e "xeque geral da jihad no mundo". "Acabou a vida do xeque da jihad nesta época para que seu sangue, sua palavra e posições permaneçam como um espírito vigente para as próximas gerações de nosso povo islâmico", acrescenta a nota.


Agência EFE


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