Um homem efetuou vários disparos contra alunos de uma escola municipal no bairro de Realengo, zona oeste do Rio de Janeiro, matando ao menos dez pessoas na manhã desta quinta-feira. O atirador se suicidou em seguida.
O incidente ocorreu por volta de 8h da manhã na Escola Municipal Tasso da Silveira. A escola tem 400 alunos, entre 9 e 14 anos de idade.
Em entrevista ao canal de televisão GloboNews, o relações-públicas do Corpo de Bombeiros, tenente-coronel Evandro Bezerra, afirmou que, além dos dez mortos, outras 18 pessoas teriam sido feridas. Entre os mortos há nove meninas e um menino.
Anteriormente, os números divulgados eram de 13 mortos e 22 feridos, mas a informação oficial foi corrigida.
“A estatística não foi fechada, mas pode-se dizer que cerca de 30 crianças foram atingidas”, disse Bezerra.
Entre os feridos, muitos estariam em estado grave.
Os feridos estão sendo levados para o Hospital Albert Schweitzer, em Nilópolis.
De acordo com informações da Polícia Militar, o atirador seria Wellington Menezes de Oliveira, de 24 anos, um ex-aluno da escola.
Carta
O coronel Djalma Beltrami, comandante do 14° batalhão de Bangu, confirmou à Globonews que o ex-aluno Wellington deixou uma carta de despedida, segundo ele, “ilógica”.
Beltrami afirmou que Wellington chegou calmamente e conversou com professores, se apresentando como palestrante. Ele então começou a atirar.
Um dos alunos feridos chamou a polícia e, segundo Beltrami, a chegada do primeiro policial evitou o pior.
“Se esse policial não chega, a tragédia teria sido muito maior, ele (Wellington) tinha muita munição. ”
“Quando viu o policial, Wellington se suicidou”, disse ele.
Ele afirmou que o corpo de Wellington ainda está no local. Fora do colégio, há uma multidão de pais de alunos e curiosos.
Disparos
Uma funcionária da escola disse à rádio Band News que Wellington Menezes disparou cerca de cem tiros contra os alunos.
"Parecia que a escola estava caindo, parecia bomba. Uma professora saiu gritando, dizendo que tinha um homem atirando, mas ninguém acreditou. Depois saímos correndo. Foram de 50 a cem tiros, nunca vi coisa igual."
A mulher disse ainda que funcionários e alunos conseguiram sair pela garagem da escola e buscaram refúgio na casa de vizinhos.
O diretor da escola municipal disse à rádio CBN que Wellington Menezes havia visitado a escola há pouco tempo e conversado com professores.
BBC Brasil
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